A Sony pretende ampliar o conteúdo compatível com seu óculos de realidade virtual para áreas além de videogames, como filmes e programas de televisão e não tem planos para aderir a um crescente mercado de headsets desenvolvidos com base em smartphones.

Andrew House, presidente da divisão de jogos da Sony, afirmou nesta quinta-feira que está negociando com companhias de produção de conteúdo para explorar possibilidades para o óculos PlayStation VR, que deve ser lançado em 13 de outubro.

“Estamos falando sobre anos no futuro e estas são conversas interessantes que estamos tendo agora”, disse House.

A divisão de videogames da Sony é uma das principais fontes de lucro da companhia.

Conforme os celulares inteligentes disputam mercado com os consoles de jogos, a Sony tem optado por buscar crescimento por meio de inovações como realidade virtual. Entretanto, analistas têm afirmado que conteúdo além de jogos é necessário para ampliar o apelo e a lucratividade da tecnologia de realidade virtual.

O óculos de realidade virtual da Sony funciona em conjunto com o PlayStation 4 e vai ser vendido por um preço menor que o Oculus Rift, do Facebook, e o Vive, da HTC, que exigem computadores pessoais mais caros para funcionar.

Mas óculos de realidade virtual compatíveis com smartphones serão muito mais baratos e mais portáteis porque usam a tela do próprio celular como visor.

Há mais de 100 smartphones compatíveis com óculos de realidade virtual produzidos por 65 desenvolvedores já no mercado, segundo a Lux Research. O Google vai ampliar esse número com a plataforma Daydream VR, que funciona com o sistema operacional Android.

House argumentou que os smartphones não serão capazes de alcançar a mais alta qualidade em realidade virtual.

“Estamos centrados em grandes experiências de jogos em realidade virtual”, disse o executivo. Ele acrescentou que a empresa está olhando também para conteúdo de TV e filmes na busca de “formas de trazer experiências mais estáticas à vida” em áreas como museus e planetários.

A companhia afirma que está trabalhando com mais de 230 desenvolvedores no mundo e espera ter mais de 50 títulos até o final do ano, incluindo conteúdo além de jogos como animações, música, karaokê e vídeos de paisagens.

Fonte: Exame.com