Você já criou uma receita só sua? Não aquela coisa de abrir a geladeira, ver o que tem sobrando e juntar tudo numa bela gororoba autoral. Algo pensado, analisando os sabores e aromas de cada ingrediente para criar sua própria combinação. Bom, você pode nunca ter feito isso, mas um computador já. Um supercomputador chamado Watson, criado pela IBM.

Com base em mais de 30 mil receitas, tabelas sobre o perfil molecular de compostos responsáveis por aroma e sabor e estudos acadêmicos sobre o assunto, a máquina de inteligência artificial criou receitas que hoje estão disponíveis em um livro (“Cognitive Cooking with Chef Watson”) e em um aplicativo.

A culinária é apenas um dos mercados já impactados pela inteligência artificial: é difícil imaginar que ela não vá mudar – se já não está mudando – o seu setor. Hoje, já há vários exemplos, que vão do monitoramento de hábitos do consumidor à medicina.

Startups costumam ser motores desse desenvolvimento, o que gera uma corrida de grandes companhias para incorporar os sistemas criados por elas. De acordo com a empresa de monitoramento de investimentos CB Insights, só neste ano foram feitas 40 aquisições de empresas criadoras de tecnologias avançadas de inteligência artificial. De 2011 para cá, foram cerca de 140 compras.

O CEO Summit, evento da Endeavor realizado em 18 de outubro, ensinsou os presentes a aprender mais sobre essa revolução com um de seus protagonistas, Mike Rhodin, vice-presidente da IBM para o Watson.

O Watson ganhou fama em fevereiro de 2011, ao vencer humanos no programa de perguntas e respostas “Jeopardy”, da TV americana. Na época, tratava-se de uma máquina capaz de entender as perguntas em linguagem natural e respondê-las. Nesses cinco anos, evoluiu, ou, mais exatamente, aprendeu –a IBM abriu a plataforma para que empresas parceiras pudessem colaborar com seu desenvolvimento e usar a máquina para desafios maiores.

Aqui, nós listamos alguns sistemas que já usam o sistema do Watson para resolver necessidades de diferentes mercados.

Fonte: PEGN