A Crossover, empresa de recrutamento e tecnologia com sede no Texas (EUA), realiza neste sábado, 26, no Rio de Janeiro, a competição Crossover of Work por meio da qual vai selecionar 50 programadores para trabalhar remotamente para empresas norte-americanas, ganhando salário de primeiro mundo, sem a necessidade de deixar o conforto e a estabilidade do seu país de origem.Semelhante a um “hackathon”, a competição selecionará profissionais seniores — principalmente engenheiros de software — para uma série de testes básicos, alguns desafios de codificação, e uma entrevista técnica.

Este é o segundo evento que a empresa promove no Brasil — no mês passado foi realizado em São Paulo. Mas segundo informa o CEO da Crossover, Andy Tryba, em entrevista exclusiva a este noticiário, a empresa planeja expandir-se significativamente no Brasil e promover outros eventos para selecionarmos programadores, principalmente com a experiência necessária em Ruby on Rails, Java e PHP.

“A qualidade do talento que vimos em todo o Brasil tem sido muito impressionante. O Brasil já é o terceiro país em número de profissionais selecionados e estamos procurando torná-lo o número 1. Também pretendemos montar espaços de coworking em várias cidades para que nossos parceiros possam escolher se trabalham em casa ou em um espaço de colaboração”, diz o executivo.

Segundo Tryba, a Crossover recebe entre 6 mil a 10 mil interessados nas ofertas de trabalho por semana, por meio de cadastro online. Geralmente levam algumas semanas para que eles possam passar pelo processo de seleção. “O que fazemos nos torneios de contratação é aplicar uma versão condensada e avaliar o talento do profissional em um dia. Mas é um dia desafiante. Antes dos testes propriamente dito, realizamos alguns filtros simples para garantir que os candidatos tenham o nível adequado de experiência. Os candidatos enfrentam uma variedade de desafios e vão sendo pontuados. Existe uma tabela de classificação para que os candidatos possam verificar se foram classificados em cada etapa. No fim do dia, realizamos entrevistas técnicas e contratamos aqueles que foram qualificados”, explica o executivo.

Mas mesmo obtendo pontuação alta, nem sempre os melhores programadores são contratados. Isso porque, ressalta Tryba, para estar entre o 1% de maior do talento globalmente, o profissional precisa ser o melhor não apenas tecnicamente, mas também ser capaz de colaborar com os demais membros da equipe remota, bem como saber liderar equipes, se comunicar bem em inglês, etc. “Observamos a pessoa holisticamente e avaliamos detidamente.”

O executivo explica que os clientes da Crossover atuam em uma variedade de negócios diferentes. “Por isso, procuramos por uma grande variedade de habilidades que esses clientes necessitam. Posso dizer que 70% dos casos procuramos profissionais com perfil técnico, mas também contratamos pessoas para funções não técnicas, como das áreas de finanças, vendas marketing, suporte, etc.”, detalha Tryba.

Todos os cargos, no entanto, são de período integral e de longa duração, e os contratados devem trabalhar 40 horas por semana em horário flexível.  Os funcionários podem, por exemplo, aproveitar a Lapa em uma noite de quinta-feira, tirar folga na sexta-feira e trabalhar mais no sábado; ou trabalhar durante a noite e relaxar na praia durante o dia.

 Fonte: ComputerWorld