O maior desafio para os gestores de TI hoje é lidar com as grandes mudanças da tecnologia no local de trabalho e com o papel da TI na gestão e suporte ao BYOD, serviços em nuvem, aplicativos móveis, e uso da mídia social, que estão transformando radicalmente a forma como os usuários finais, executivos e funcionários de TI interagem com a tecnologia.

Em muitos aspectos, esta transformação é positiva, especialmente quando leva ao aumento da produtividade, colaboração e satisfação de empregados e clientes.

Há também desvantagens. Uma delas é tentar adivinhar quais habilidades ou atributos os trabalhadores de TI precisam para ter. Isso é um desafio particularmente grande se você estiver encarregado de contratar os membros da equipe de TI que a sua organização vai precisar ao longo da próxima década.

Aqui estão sete dicas que vão ajudá-lo a fazer as melhores escolhas ao analisar os candidatos para a maioria das posições de TI.

1. Aceite que o futuro é imprevisível

Quando você está contratando para quase qualquer posição (em TI ou em qualquer outro campo), você pensa em contratar pensando nos planos feitos para os próximos 5 anos. Mas ninguém sabe ao certo o que acontecerá em cinco anos. Especialistas e consultores podem tentar, mas há menos de dez anos ninguém fora da Apple e do Google foi capaz de prever que o iPhone e os smartphones com Android se tornariam os dispositivos móveis mais populares no ambiente corporativo, enquanto o BlackBerry tenta desesperadamente se agarrar à vida. Ninguém previu o mercado de tablets e equipamentos dois-em-um.

A verdade é que a grande maioria dos profissionais de TI teria zombado da ideia de BYOD. Essas mudanças maciças, juntamente com a popularidade de serviços de armazenamento na nuvem e o incrível crescimento da mídia social, estão ainda na tenra idade.

2. Se concentre menos no que as pessoas sabem e mais em como eles aprendem

Porque o futuro da TI é uma questão em aberto, não é possível saber quais habilidades e conhecimentos serão necessários no futuro. Então, você fará um bom negócio ao se esforçar para entender como um candidato espera expandir seu conjunto de habilidades, e como ele será proativo em fazer isso. Faça perguntas para descobrir se ele sabe procurar conhecimento online, costuma usar as opções aliadas dos autodidatas, como livros e recursos online, pedido para participar de conferências, ou se preferem aprender em salas de aula tradicionais de centros de treinamento ou faculdades. Idealmente, você pode encontrar empreendedores acostumados a atualizarem suas habilidades e conhecimentos, sempre.

3. Aja como se estivesse contratando gênios para as lojas da Apple

O gênios da Apple são contratados tanto por sua paixão e desejo de envolver os usuários em uma conversa técnica, quanto por seus conhecimento e habilidades técnicas. Esse modelo tem sido tão bem sucedido em promover uma experiência de suporte positiva que vem sendo duplicada nas áreas de suporte de muitas empresas. Você pode não estar interessado em em manter um serviço de suporte baseado no conceito Genius Bar, mas cada pessoa que você contratar para uma posição na equipe de TI deve ser capaz de se envolver e de entregar a experiência positiva para os usuários das áreas de negócio com os quais vão interagir.

4. Considere as soft skills absolutamente essenciais

Durante a maior parte da história, os veteranos não levaram a sério as chamadas ” soft skills “, presente em pessoas que possuem um bom nível de inteligência emocional (QE = Quociente de Inteligência Emocional), sustentado por habilidades que têm impacto direto na qualidade das relações interpessoais e que configuram a excelência na interface com o outro. A capacidade técnica para gerir uma rede ou implantar sistemas back-end supera, muitas vezes, a capacidade de empatia e a capacidade de se envolver com os usuários finais, agir como um elo de ligação entre eles e a tecnologia.

Hoje, cada membro da equipe de TI precisa estar totalmente envolvido com as unidades de negócios e demais departamentos. Isso porque, se os usuários têm uma experiência ruim, que pode e vai evitar o pessoal de TI e trabalho em torno de políticas de TI – muitas vezes sem sequer dizer nada para um membro da equipe de TI ou gerente. Isso é ruim para a segurança de dados e ruim para a relevância futuro da TI em uma organização.

5. Contrate pessoas que levem cada usuário a encontrar um momento de aprendizado em cada interação com a TI

Seja um executivo ou um zelador – ofereça a oportunidade aos profissionais de TI de educar os usuários. Isso pode significar explicar por que as políticas de tecnologia são criados da maneira que são, garantindo que os usuários compreendam os riscos de segurança que os aplicativos móveis e serviços na nuvem pode apresentar, ajudar um usuário encontrar um aplicativo que funcione melhor para as suas necessidades, ou apenas tirar qualquer outra dúvida relacionada à tecnologia – incluindo coisas que podem não ser estritamente relacionada com o trabalho.

Momentos de ensino pode tornar os usuários mais produtivos, convencê-los a cumprir as políticas e, geralmente, ajudar a promover a noção de que eles estão ali para ajudar.

6. Contrate pessoas dispostas a aprender com os usuários que suportam

Esses momentos de ensino não são uma rua de mão única. Membros da equipe de TI devem estar dispostos a aprender com os usuários também. Isso pode significar aprender sobre suas funções e necessidades de tecnologia, aplicativos e fluxos de trabalho, como e onde trabalham remotamente, e os problemas que eles não têm relatado para o help desk.

Mais uma vez, isso cria um nível de confiança e de envolvimento em cada encontro e promove uma relação mais estreita entre a TI e as unidades de negócio.

7. Ignore o fator idade e contrate as melhores pessoas

Há muita conversa em TI sobre o preconceito de idade na contratação, que envolve ambos os extremos do espectro idade/experiência. Os trabalhadores mais velhos são muitas vezes vistos como menos adaptáveis às mudanças que acontecem em TI. Millennials são muitas vezes vistos como extremamente flexíveis, inovadores, criativos, mas também arredios em relação à hierarquia. Também são vistos como potenciais riscos de segurança, porque costumam recorrer às suas próprias redes pessoais para resolver problemas, e como maus investimento, porque trocam de emprego e de empresa com mais frequência do que os trabalhadores mais velhos. Na verdade, estes são estereótipos.

Você deve estar ciente desses problemas potenciais mas não deve presumir automaticamente que serão uma realidade para todos os candidatos. A boa equipe é aquela mais equilibrada, que mistura os trabalhadores mais velhos e os mais jovens. Como fazer isso? Procurando pelo melhor candidato para um cargo, independentemente da sua idade.

Fonte: Computer World