Muito se fala em empoderamento feminino e igualdade de gêneros. Apesar de todos os avanços já registrados ao longo dos últimos anos, paira no ar a certeza de que ainda há muito para melhorar nesse sentido.

Um censo realizado pelo governo dos Estados Unidos revelou que homens que trabalham com TI Unidos ganham US$ 10 mil a mais que mulheres em cargos semelhantes.

De acordo com o departamento de emprego norte-americano, profissionais do sexo masculino ganham, em média, US$ 82,3 mil por ano, enquanto as mulheres recebem um salário anual médio de US$ 72 mil.

A diferença salarial talvez seja a descoberta mais inquietante do estudo, que também identificou que os trabalhadores de TI são, frequentemente, mais jovens do que os profissionais em outras atividades, além de terem um nível de formação mais avançado e o benefício de trabalhar de casa.

Segundo o censo, as mulheres correspondem a 25% dos 4,6 milhões de trabalhadores de tecnologia dos Estados Unidos. Vale notar, porém, que esse percentual era de 31% nos anos 90.

O levantamento não traz nenhuma teoria sobre o por que da existência do gap entre os gêneros. Mas o consultor, Victor Janulaitis, CEO da Janco Associates, tem um palpite. Segundo ele, atualmente, mulheres ocupam mais posições de gestão – que ultrapassaria a barreira de classificação mais genérica que classifica “profissionais de TI”.

O executivo cita, por exemplo, que entre as 1 mil maiores empresas dos Estados Unidos, mais de 19% das posições de CIO é ocupada por profissionais do sexo feminino.

Outras descobertas

Detalhando alguns outros números apresentados na pesquisa, ficou constatado que mais da metade (55%) dos profissionais de TI tem entre 25 e 44 anos; desenvolvedores são a categoria mais jovem (38% tem entre 25 e 34 anos e 11% entre 16 e 24 anos).

Além disso, 10% dos profissionais de tecnologia norte-americanos trabalham de casa, e quase um quarto (22%) possui, pelo menos, mestrado. Interessante destacar, também, que 24% dos profissionais de TI que trabalham nos Estados Unidos não nasceram no país.

Fonte: ComputerWorld