Haja energia para tanta tecnologia no mundo de hoje. Se antigamente o mundo era movido à agua, vento, vapor, hoje ele é movido à luz e bateria. Mas e se formos nós mesmos uma excelente fonte para mantermos acessas nossas maquinarias? E se nossos passos forem nossos carregadores?
É nisso que aposta Laurence Kemball-Cook, fundador da empresa Pavegen, fabricante de um piso capaz de reverter cada passo dado em energia.
Assim, todo e qualquer lugar pode se tornar uma pequena usina de força: uma pista de dança em Singapura, o corredor de uma escola na Argentina, até um campo de futebol em uma favela carioca – que de fato é iluminado, assim como outras casas ao seu redor, pela energia gerada pelos jogadores ao longo de uma pelada.
Laurence garante que, quando totalmente carregado, os geradores de energia do campo somente podem durar até 10 horas ininterruptas.
Uma pessoa pisando em um de seus pisos geradores é capaz de acender uma lâmpada momentaneamente – e basta proporcionalizar a todos os passos, caminhadas e corridas dentro os bilhões que somos pelo mundo, para entendermos que nos preocupamos ainda da forma que o fazemos com fontes de energia sujas e não-renováveis somente porque queremos – ou melhor, porque o mercado quer.
E os planos de Laurence são tem de fato a ambição do tamanho do mundo. “Queremos transformar cada calçada, rua, cada corredor em um gerador de energia nos próximos anos”, ele diz. A ideia é que esse tipo de tecnologia se transforme em parte estrutural de uma cidade, feito encanamento de água, saneamento básico ou asfalto, criando assim cidades sustentáveis e sustentadas pelo movimento humano – pela nossa luz própria.
