O Uber demitiu o executivo Anthony Levandowski, acusado de roubar 14 mil documentos ligados ao setor de carros autônomos da sua ex-empresa, a Waymo, de propriedade do Google. As informações são do The New York Times.Antes disso, no último mês de abril, o Uber já tinha retirado Levandowski da chefia do seu projeto de carro autônomo. De acordo com a reportagem do NYT, a recusa do executivo em colaborar com a empresa para provar sua inocência no caso, que está nos tribunais desde fevereiro, teria sido o motivo para sua demissão.Segundo o jornal, a demissão de Levandowski do Uber possui efeito imediato e foi anunciada por meio de um e-mail enviado aos funcionários nesta terça-feira, 30.
 

Entenda o caso

Em fevereiro deste ano, o Google entrou com um processo contra o Uber acusando Levandowski, que é ex-funcionário da Waymo e fundador da Otto, startup de caminhões autônomos comprada pelo Uber em 2016, de roubar nada menos do que 14 mil documentos da sua antiga empregadora.

Segundo as acusações, Levandowski teria baixado “mais de 14 mil arquivos de design altamente confidenciais e proprietários” de sua antiga empresa em dezembro de 2015.

Entre os arquivos estavam os projetos para o sistema LiDAR da Waymo e placa de circuito, que é uma tecnologia-chave que ajuda os carros autônomos a mapearem seus arredores.

A Waymo descobriu mais tarde de um fornecedor que a própria placa de circuito LiDAR do Uber “tinha uma semelhança impressionante” com a sua. Outros ex-funcionários da Waymo que partiram para o Uber e Otto também foram encontrados baixando arquivos sensíveis, alegou a companhia da Alphabet.

“Acreditamos que essas ações foram parte de um plano orquestrado para roubar os segredos comerciais e a propriedade intelectual da Waymo”, disse a empresa em um post explicando o processo.

Fonte: ComputerWorld