O grande alerta é para que todos nós, empresários, estejamos atentos aos apelos, necessidades e exigências dos novos tempos que a era digital representa

São valiosos os alertas oferecidos pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria, empresário Robson Andrade, no que diz respeito à nova lei de proteção dos dados da qual nossa entidade nacional passa a  fazer parte em seu colegiado de acompanhamento e gestão de tão valioso instrumento. Em seu artigo, ele disponibilizou o link  https://bityli.com/h8rPp para acesso dos interessados.

O grande alerta é para que todos nós, empresários, estejamos atentos aos apelos, necessidades e exigências dos novos tempos que a era digital representa, ou seja, guarda, gestão e organização dos dados como ferramentas vitais para o crescimento seguro e sustentável dos empreendimentos.

O mundo já não é analógico  

Seja qual for o tamanho de sua indústria, o empresário precisa investir na qualificação de seus recursos humanos para a perfeita utilização dos dados da rotina produtiva. Isso significa, de cara, incremento da produtividade, redução de custos em várias direções, e o que é crucial para manutenção da saúde de nossos negócios: a segurança de dados, protocolos, condutas produtivas e sigilo. O mundo não é mais analógico e quem se atrasar na velocidade digital poderá amargar sérios prejuízos.

Faltam profissionais de TI 

Desse ponto de vista, é muito preocupante a escassez de profissionais de tecnologia da informação e da comunicação em nossos dias. Os anúncios de empregos estão ávidos por profissionais com este perfil. Isso é um sintoma dos novos tempos e, ao mesmo tempo, uma preocupação que precisamos resolver o quanto antes.

Como podemos fazer isso? No caso do Polo Industrial de Manaus, temos bons institutos de formação profissional. O Senai, nosso serviço nacional/educacional para indústria, tem-se preparado para atender essas demandas. Mas a oferta não tem acompanhado a velocidade da demanda, por isso precisamos pensar em alternativas. 

Os assentos legítimos  

Vemos com bons olhos os novos assentos das entidades da indústria no comitê Conselho Curador da Universidade do estado do Amazonas. Este é um compromisso antigo da atual reitoria e que, por problemas da burocracia governamental, foi adiado seguidas vezes em seu equacionamento. Este Conselho é um espaço adequado para debater o problema.

Afinal, faz todo sentido que a academia esteja atenta às demandas da economia na medida em que é esta economia que mantém integralmente o seu funcionamento. Temos orgulho de poder dizer que as empresas do Polo industrial de Manaus respondem por essa manutenção integral da UEA, Universidade do Estado do Amazonas. 

Academia 4.0  

Há oito anos, os alunos da Escola Superior de Tecnologia-EST, da UEA, fizeram o movimento de protesto, com passeatas e paralisações para exigir o incremento do quadro de docentes nas áreas de tecnologia e engenharia eletrônica. Este foi um momento de extrema lucidez da gestão participativa da universidade e resultou em mudanças para melhor na grade curricular e melhor qualificação discente.

Longe de imaginar qualquer interferência na autonomia universitária, um direito histórico e constitucional, debater objetivos comuns é sempre de bom alvitre na busca de saídas. Ainda bem que pautas assim se enquadram no tipo de operação ganha-ganha, em que os envolvidos são todos beneficiados. Mais investimentos em tecnologia da informação significa mais avanço da indústria 4.0 em nossa rotina produtiva mais empregos, mais respostas para o tecido social e ampliação da robustez acadêmica de nossa UEA.

Propósitos comuns  

Vemos como bons augúrios da atual gestão da Suframa, a ampliação dos recursos para os programas prioritários de Tecnologia da Informação e Comunicação, bem como o PPBIO, Programas Prioritários Bioeconomia. Isso significa uma semeadura com promessas dos melhores frutos, representados pela obstinação cada vez maior de buscar aplicação dos recursos aqui gerados na melhoria das nossas instalações de qualificação de recursos humanos e de interiorização do desenvolvimento. Vamos em frente, a caminhada é longa e vale muito mais a pena quando compartilhada em seus propósitos sociais e econômicos. 

(*) Nelson é economista, empresário e presidente do Sindicato da Indústria Metalúrgica, Metalomecânicae de Materiais Elétricos de Manaus, conselheiro do CIEAM e vice-presidente da FIEAM.

Fonte: Em Tempo