O Estado de São Paulo reúne a maioria absoluta das maiores empresas de TI, é o que reforça o Censo de TI de 2015, realizado pela Assespro (Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação), em parceria com a Aleti (Federação Iberoamericana de Entidades de Tecnologia da Informação e Comunicação).

Em todo o território paulista, as companhias que operam com TIC contam com o suporte da Assespro-SP, Regional que representa o Estado que detém 65% do mercado de TI no país.

“Os números falam por si quando se tratam de mercados do Estado de São Paulo”, diz o presidente da Assespro-SP, Arildo Constantino. Conforme ele, a indústria paulista de fabricação de equipamentos de informática e periféricos concentra 40% de todo pessoal ocupado do segmento no país.

Com relação às atividades de serviços de tecnologia da informação e comunicação, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, São Paulo abriga 32% das unidades locais do país, respondendo por 44% do total dos vínculos empregatícios nacionais do setor, concentrados nas Regiões Metropolitanas de São Paulo e Campinas, com 72% e 4% dos empregos, respectivamente.

“Diversos fatores contribuem para essa liderança do setor de TIC em relação aos outros estados, dentre eles destaco a diversificação da economia, a localização, a infraestrutura, a mão de obra qualificada, além do fato de que nenhum outro estado tem um mercado consumidor como o nosso”, ressalta Constantino.

A quarta edição do levantamento abordou informações fornecidas por 950 empresas, de 23 países – espalhadas por quatro continentes. As companhias brasileiras correspondem a 55% do total das participantes, possibilitando uma comparação do cenário nacional em âmbito regional e global.

Entre as constatações, possível reflexo da instabilidade econômica do mercado brasileiro, o Censo aponta que houve uma queda no número de empresas com crescimento no faturamento, já que 67% das companhias registraram aumento nas receitas em 2015, um índice dez pontos percentuais menor do que o obtido no ano anterior.

O Brasil acompanha a tendência ruim do exterior, tendo em vista que apenas 59% das companhias registraram crescimento em 2015, enquanto no Censo anterior este número era de 77%. O levantamento releva ainda que 20% das empresas mencionaram que ficaram estagnadas no ano passado.

O censo de TI 2015 também mostra que em um setor que valoriza startups, são as empresas maduras que compõem grande parte do mercado de Tecnologia da Informação – 55% das empresas foram fundadas ainda no século 20, ou seja, possuem mais de 15 anos de atuação na área. No Brasil, este número é um pouco maior: 60% estão nesta categoria.

Fonte: Exame.com