A partir de agora os pacientes do Hospital Samaritano Higienópolis, em São Paulo, que forem submetidos a cirurgias de média e alta complexidade, terão boa parte de sua operação executada por robô. É que o hospital acaba de inaugurar seu Centro de Robótica, que conta com o robô Da Vinci, resultado de um investimento de R$ 7 milhões. Inicialmente, o Da Vinci será utilizado em cirurgias dos núcleos de urologia, gastroenterologia e ginecologia. Outras especialidades, como cabeça e pescoço e cirurgia torácica, passam a utilizar a robótica no próximo ano.

O robô, na verdade, vai auxiliar o cirurgião na realização das intervenções ainda menos invasivas, com braços de alta precisão e uma câmera que possibilita a visão 3D, além de permitir manobras em 360 graus, que não poderiam ser realizadas por mãos humanas. O médico permanece no comando durante toda a cirurgia, operando o equipamento por meio de um joystick. A técnica reduz o trauma e a dor local e a perda de sangue, o que acelera a recuperação.

“O Samaritano é referência no cuidado integrado em todas as etapas do tratamento, por meio de seus núcleos e centros de especialidades, coordenados por um corpo clínico altamente qualificado. O Centro de Robótica é mais um passo na direção de oferecer o que há de mais avançado em tecnologia, sempre com foco na qualidade e na segurança dos serviços para nossos pacientes”, destaca Sérgio Tranquez, diretor do hospital.

A equipe do Centro de Robótica do Samaritano é formada por oito cirurgiões que, juntamente com os profissionais de enfermagem, anestesia, instrumentação e engenharia clínica, passaram por treinamentos no Brasil e na Colômbia. No próximo ano, o serviço será expandido com novos médicos certificados para atuarem em cirurgias de cabeça e pescoço e torácica.

“Estamos investindo no treinamento de mais profissionais para que possamos ampliar as especialidades que utilizarão a tecnologia. Para os pacientes, entre os principais benefícios estão a recuperação e o retorno mais rápido às atividades diárias, resultado da minimização de traumas associados ao ato cirúrgico em si”, explica Tranquez.

Fonte: ComputerWorld