O Gartner apresentou na quinta-feira, 22, a lista dos 100 principais fornecedores globais em TI em 2016, com base nas receitas — excluindo serviços de comunicação — e segmentos do mercado de componentes. A notícia ruim é que a receita combinada dos cinco maiores fornecedores caiu US $ 8,8 bilhões em 2016.

A Apple lidera a lista novamente, batendo as outras 99 empresas pesquisadas. De acordo com o Gartner, a receita da empresa foi de mais de US$ 218 bilhões no ano passado. Abaixo, portanto, dos US$ 235 bilhões alcançados em 2015, muito em função da queda de vendas dos tablets e smartphones.

A Samsung ocupa o segundo lugar, também pelo segundo ano consecutivo e também com uma receita menor que a do ano anterior: foram US$ 142 bilhões em 2015 e US$ 139,1 bilhões em 2016.

A diferença entre Apple e Samsung é de cerca de US$ 79 bilhões. A grande força da Apple é no mercado de mídia digital. Já a Samsung oferece uma ampla gama de produtos de TI e foco no Nexus of Forces.

O terceiro, quarto e quinto lugar também foram ocupados pelas mesmas empresas que completaram as Top 5 em 2015:  Google, Microsoft e IBM.

O Google subiu dois pontos a partir de 2015 para se sentar em terceiro com sua receita de US$ 90,1 bilhões. A Microsoft caiu uma classificação, aparecendo agora em quarto lugar, com uma receita de US$ 85,7 bilhões, e a IBM também desceu um ranking para a quinta colocação. A receita da IBM em 2016 foi de US$ 77,8 bilhões.

De acordo com o Gartner, os três principais fornecedores (Apple, Samsung e Google) atribuíram grande parte da sua performance ao alinhamento ao Nexus of Forces, motor das compras de TI para os negócios digitais.

“As necessidades dos compradores de TI estão mudando. Os CEOs estão concentrados no crescimento e estão mais focados em perceber os resultados comerciais de seus gastos com TI”, disse o analista e vice-presidente da Gartner, John-David Lovelock.

“O Nexus of Forces tem sido o foco de atenção por muitos anos, no entanto, o impacto do negócio digital está dando origem a novas categorias.”

De acordo com o executivo, a Microsoft era uma “empresa grande e influente” quando o Nexus of Forces começou, tendo crescido a liderança de mercado durante a fase de web e e-business e conseguiu girar para permanecer relevante. Já a IBM cresceu e ampliou seu domínio de mercado quando os servidores, armazenamento e serviços de consultoria eram dominantes

No relatório, o Gartner também identifica os fornecedores que são gigantes digitais — empresas que tomaram o controle das interações do consumidor, como Google, Amazon, Facebook, Apple, Alibaba (classificado em 31º), Tencent (classificada 30º) e Baidu (classificado em 62º). Na opinião da consultoria, até 2021, 20% de todas as atividades digitais de qualquer consumidor envolverá a presença de ao menos um desses sete gigantes.

“Os gigantes digitais se tornam gatekeepers para qualquer empresa que ofereça conteúdo e serviços digitais aos consumidores”, disse Lovelock. “Qualquer empresa que deseje envolver os consumidores no seu mundo digital terá que considerar se envolver com um ou mais desses gigantes digitais.”

Ele também mencionou que o foco dos gigantes digitais tem sido mais no mundo dos consumidores, dos cidadãos e dos funcionários. A presença deles no mercado B2B ainda é pequena, na composição de receita, e abre oportunidades para que outras empresas assumam a liderança. Não por acaso, Amazon e Google têm tentado ampliar o foco no mercado de nuvem.

“A nuvem do Amazon Web Services, por exemplo, está impulsionando dramaticamente os negócios corporativos de hardware e software. Os dispositivos iOS da Apple são dominantes na mobilidade empresarial, e a presença do Google além da busca, está crescendo no mercado de IaaS”, acrescentou.

As 25 maiores empresas nomeadas na lista um tanto exaustiva são:

Apple

Samsung Vendor Group

Google

Microsoft

IBM

AT&T

Dell Technologies

Intel

HP Inc.

HPE

Lenovo

Amazon

Sony

NTT

Comcast

Oráculo

Huawei

Cisco

Panasonic

LG

Accenture

SoftBank

Verizon

Fujitsu

Facebook

Fonte: ComputerWorld