As revendas de tecnologia começam a explorar as primeiras oportunidades de negócio que surgem com a Internet das Coisas. Um relatório da CompTIA constatou que 23% dos canais pesquisados já fizeram dinheiro com ofertas de IoT. O percentual revela avanço considerável sobre os 8% que indicaram contexto semelhante em 2015.

Olhando para o futuro, nos próximos 12 meses, um terço das empresas que participaram do estudo espera ganhar dinheiro com soluções orientadas ao conceito que prevê conectividade de dispositivos do cotidiano.

“O canal está fazendo progressos significativos monetizando a oportunidade gerada pela IoT e, ao contrário de anos anteriores, acredita ser forte candidato a maiores rentabilidades”, disse Seth Robinson, diretor de análise da associação setorial.

Segundo a pesquisa, dentre as falhas que impediram uma difusão maior dos projetos envolvendo o conceito aparecem temas como a preocupação das empresas com custos e retorno sobre o investimento, obstáculos técnicos, responsabilidade, privacidade, segurança e outros assuntos regulatórios são alguns dos principais inibidores.

O levantamento aponta que as esmpresas, quando avaliam projetos de IoT, se preocupam com riscos de segurança, interoperabilidade com legados, custos envolvidos nos projetos, definição de uma curva de aprendizado, quantificação do retorno sobre o investimento e inabilidade de absorver dados.

Pelo lado da oferta, os canais de TI encaram como desafio o desenvolvimento de conhecimentos sobre o tema, custos iniciais envolvidos na preparação para o conceito, evangelização de mercado, definição de modelos de negócios adequados, escolha dos provedores ideais para montar o portfólio.

Ainda assim, três quartos das empresas pesquisadas pela CompTIA, disseram ter uma visão mais positiva da Internet das Coisas hoje do que há um ano atrás. Outros 21% não mudaram sua opinião ao longo dos últimos 12 meses, grupo que certamente inclui empresas que eram otimistas sobre a Internet das Coisas.

O executivo da associação acredita que há boas razões para que revendas de TI olhem favoravelmente para a Internet das coisas. “Primeiro, a complexidade dos projetos de Internet das Coisas está além do que muitas empresas podem lidar internamente, especialmente no mercado PME”, explicou.

“Em segundo lugar, muitas áreas da Internet das Coisas são essencialmente extensões das habilidades e linhas de negócios que os provedores de soluções já têm”, sintetiza Robinson.

Consultoria é atualmente a oferta mais popular de Internet das Coisas do canal de TI, com 40% das empresas oferecendo algo neste segmento. A próxima oferta mais popular é a segurança, fornecida por 36% das empresas. Analytics, serviços gerenciados, desenvolvimento de aplicativos personalizados, revenda e serviços de infraestrutura são oferecidos por 30% das empresas.

O relatório Internet of Things Trends and Opportunities é baseado em duas pesquisas on-line realizadas em Maio e Junho de 2016. Um total de 350 profissionais de empresas de canal e 512 executivos de negócios e de TI, participaram das pesquisas.

Fonte: Computerworld