Hackers chineses, provavelmente relacionados às autoridades de seu país, hackearam no início desta década computadores de um órgão regulador bancário dos Estados Unidos, incluindo o de sua presidente – revela um relatório publicado na quarta-feira (13) por uma comissão do Congresso.

O sistema informático da Corporação Federal de Segurança de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês), que garante os depósitos bancários americanos, foi infiltrado “por um governo estrangeiro, provavelmente o governo chinês”, segundo um relatório da Comissão de Ciências da Câmara de Representantes.

A invasão incluiu “o computador da ex-presidente”, informou a Comissão, de maioria republicana.

A primeira intervenção foi descoberta em 2010, com outros indícios detectados em 2011 e depois em 2013, detalhou o relatório, que se apoiou em um documento da inspeção geral da FDIC.

“No total, 12 computadores foram contaminados, e dez servidores da FDIC foram infiltrados e infectados por um vírus criado por um hacker”, disse a Comissão, que criticou a FDIC por suas deficiências em matéria de segurança informática.

Na quinta-feira, a Comissão colocará o tema sobre a mesa durante uma audiência em Washington do atual presidente da FDIC, Martin Grueberg, e de seu inspetor-geral, Fred Gibson.

Estados Unidos e China anunciaram em setembro de 2015 terem entrado em acordo para lutar contra a pirataria informática, um dos temas de maior disputa entre Washington e Pequim.

Os Estados Unidos reprovaram a China por ter utilizado o conhecimento de seus ciberespiões para favorecer as empresas de seu país e impedir a concorrência.

Nesta quarta, um tribunal de Los Angeles condenou um cidadão chinês a três anos e 10 meses de prisão por ter conspirado com dois militares de seu país para obter os planos dos caças americanos F-22 e F-35, assim como dos aviões de transporte militar Boeing C-17.

Os três homens conseguiram obter informações sensíveis, infiltrando-se nas redes informáticas de importantes empresas terceirizadas da Defesa americana, antes de transferir os dados para a China.

Fonte: Exame.com