O Brasil é o único país da América Latina que outorgou até agora mais de 30% do espectro radioelétrico sugerido pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) para o ano de 2020, condição fundamental para melhorar o desempenho da banda larga móvel e até mesmo para implantação das redes 5G.

O país atualmente tem licenciado o equivalente a 31,1% dos 1960 MHz que o órgão sugeriu para o ano de 2020. Alguns dos países que mais espectro têm outorgado são: Chile (24%), México (23,7%), Argentina (23,6%), Costa Rica (23,5%), e Nicarágua (21,4%), segundo documento publicado pela 5G Americas Análise das Recomendações de Espectro da UIT na América Latina.

O documento ressalta que o maior número de desenvolvimento da LTE (4G) no mundo aconteceu depois que as operadoras receberam mais espectro. As tecnologias como a LTE se beneficiaram de canais de rádio mais largos, porque proporcionam mais eficiência devido a uma maior taxa de transferência de dados.

Além disso, o licenciamento de espectro para canais de dados dedicados permite às operadoras oferecer mais velocidade de transmissão para banda larga móvel, aumentando a satisfação dos usuários e ajudando a alcançar os objetivos dos governos de estender o acesso à internet em seus territórios.

“Um dos resultados de aumentar o licenciamento de espectro é o desempenho eficiente das redes móveis, especialmente em áreas urbanas densamente povoadas, onde as limitações de espectro se agravam com outras restrições, como as demoras nas autorizações para a instalação de nova infraestrutura, torres para antenas e outras tecnologias”, explicou Jose Otero, diretor da 5G Americas para América Latina e Caribe.

Segundo ele, a escassez de espectro tem consequências negativas para os consumidores e limita o potencial de crescimento da indústria.

Fonte: ComputerWorld