Por Paulo Rovai e Sharon Seivert

Resumo do artigo

  • Nos últimos anos, os Recursos Humanos – e outras áreas corporativas focadas internamente – estão enfrentando o desafio de se tornarem mais estratégicas.
  • Essa palavra da moda parece ser o assunto do momento, de acordo com um painel realizado recentemente na Casa do Saber e uma pesquisa conduzida pela AAPSA, Allied Minds e PwC.
  • O que esperar de 2017?
  • CEOs precisam ser os protagonistas no trabalho vital de mapear novas estratégias de crescimento.
  • Reunir inteligência de todos os níveis da organização é crucial para realizar esse trabalho.
  • Uma ferramenta prática para ajudar os CEOS a obterem inteligência e para alinhar suas novas estratégias de crescimento: Organizational Balance Profile (OBP).

Recursos Humanos – e outras áreas corporativas focadas internamente – estão enfrentando o desafio de se tornarem mais estratégicas.

No início de outubro eu tive a oportunidade de ser painelista em uma reunião na Casa do Saber, organizada por Ligia Velozo Crispino, diretora da Companhia de Idiomas e colunista da Exame. Meus colegas painelistas eram Adriana Gobersztejn (Gerente de RH da Cetelem – uma empresa do Grupo PNB Paribas), Lany Menezes (Diretora de RH da Reed Alcantara) e Jorge Fornari Gomes (autor de “O Executivo na Essência”).

Uma das discussões mais calorosas foi relacionada ao papel estratégico do RH.

Os 30 participantes da reunião pareciam estar pensando da mesma forma que os heads de RH que nós entrevistamos em uma pesquisa realizada conjuntamente pelo nosso Grupo Allied Minds, PwC e AAPSA (Associação Paulista de Recursos Humanos e Gestores de Pessoas).

Eu tive a oportunidade de apresentar os resultados dessa pesquisa no Painel antes de revelá-los durante a sexta edição do Forum de CEOs, organizado pela AAPSA em 25 de outubro no anfiteatro do HCor para um grupo de 200 executivos. A pesquisa também foi tema de um artigo na revista Exame: O que as empresas mais temem (e querem) em 2017.

Como pode ser visto no Gráfico 1, abaixo, nós entrevistamos um grupo de 178 executivos experientes:

quadro_1_artigo_novembro_2016O Gráfico 2 abaixo mostra que “integração com outras áreas” e “papel estratégico” estão entre as três principais estratégias onde os executivos de RH vão focar seus esforços em 2017.

Está claro, então, que essa discussão acalorada na Casa do Saber merece mais debate até que as empresas encontrem formas de alcançar resultados concretos e positivos.

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Essa discussão sobre mudar para ser mais estratégico causa desconforto entre os profissionais de RH porque há até poucos anos atrás, eles eram solicitados a concentrar seus esforços somente em funções internas.

Os Recursos Humanos agora estão sendo convocados pelos líderes das empresas a contribuírem de forma mais significativa para o desenvolvimento da estratégia.

O que esperar de 2017?

Como o Ministro da Fazenda Henrique Meirelles disse em uma entrevista recente, o Brasil está vivendo, desde 2014, uma das piores recessões desde os anos 30.

Agora, nós focamos nossa atenção na recuperação em 2017.

Nossa pesquisa mostra que existe uma melhora considerável nas expectativas para vários fatores impactantes na economia brasileira.

Somente para citar um exemplo, o gráfico abaixo mostra melhoras dramáticas para fatores relacionados ao consumidor.

Vamos tomar “poder de compra do consumidor” como exemplo (primeira barra). A expectativa de que o poder de compra do consumidor cresça em 2017 pulou de 4% em março para 17% agora (números ao lado direito do gráfico). Ao mesmo tempo, as expectativas negativas diminuíram de 50% em março para 28% na última pesquisa.

quadro_3_artigo_novembro_2016Apesar da melhora nas expectativas gerais, as previsões de crescimento mostram que a maioria aposta, no máximo, em estabilidade.

Parece estar alinhado com o que Henrique Meirelles (Ministro da Fazenda) prevê de no máximo 1% de aumento no PIB começando no segundo semestre do ano.

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CEOs precisam ser os protagonistas no trabalho vital de mapear novas estratégias de crescimento

As empresas continuarão exigindo dos CEOs e reportes imediatos estratégias que levem ao crescimento. O assunto está sempre no topo das agendas dos Boards de Diretores.

Não é surpresa que o artigo de capa da edição de novembro de 2016 da Harvard Business Review tenha sido onde encontrar o hipercrescimento.

Um ponto que levantei durante a reunião na Casa do Saber é que o CEO é a pessoa responsável pelo mapeamento da estratégia da empresa.

Veja um vídeo rápido do painel de discussão aqui.

Meus pontos de vista estão embasados principalmente no artigo de A.G. Lafley (na época President da Procter&Gamble), publicado na edição de maio de 2009 da Harvard Business Review (https://hbr.org/2009/05/what-only-the-ceo-can-do).

De acordo com Lafley, “existe um trabalho crítico que só o CEO pode fazer: ligar o mundo exterior (sociedade, economia, tecnologia, consumidores) com o mundo interior (sua organização)”.

Para alcançar esse objetivo, diz ele, os CEOs devem focar nessas quatro tarefas:

  • Definir o significativo exterior/lado de fora
  • Decidir em que negócio você está
  • Equilibrar presente e futuro
  • Moldar valores e padrões

Juntar inteligência de todos os níveis da organização é vital para realizar esse trabalho

Uma forma dos CEOs realizarem essas quarto tarefas com mais “inteligência” é literalmente juntar inteligência (feedback sincero e confidencial) de todos os níveis da organização.

Francamente, nós descobrimos que os CEOs, não importa quão inteligentes ou bem treinados, geralmente estão correndo no escuro na organização. (Veja: Iceberg of Ignorance).

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Isso é verdade porque eles não têm a informação da base que necessitam para otimizar a tomada de decisão. Esses dados salva-vidas da empresa precisam ser recuperados de pessoas que têm o conhecimento – trabalhadores de linha de frente, supervisores e gerentes.

Infelizmente, muitas organizações ainda operam como nos campos da Idade Média, onde os aldeões não ousavam dar as más notícias ao rei.  No entanto, os CEOs curiosos e esclarecidos de hoje em dia podem usar novas ferramentas para obter informações que eles precisam tão desesperadamente para resolver os problemas cada vez mais complexos com que eles se deparam.

Uma dessas ferramentas, com a qual nós trabalhamos, é o Organizational Balance Profile (OBP), que facilmente compila informações confidenciais dos membros de cada nível da organização.

Uma ferramenta prática para ajudar os CEOS a alinharem todos os aspectos das estratégias do seu negócio: – o Organizational Balance Profile (OBP)

A avaliação do OBP mede seis parâmetros vitais para o sucesso da companhia.

Eles podem ser seccionados em departamentos, geografias ou níveis da empresa para proporcionar comparações claras entre diferentes “realidades” ao longo do sistema.

Os resultados do OBP podem fornecer ao CEO uma base lógica direcionada por dados para o planejamento estratégico, já que seus feedbacks vão apontar diretamente para ações reparadoras que precisam ser tomadas para garantir o sucesso da organização.

O OBP também pode ser usado para fortalecer o conhecimento e habilidades de líderes empresariais para resolver problemas imediatos – e alavancar melhor todas as suas forças no mercado.

O OBP já foi usado em várias empresas de diversos tamanhos e segmentos no Brasil para ajudar seus CEOs a obterem novos insights sobre seus negócios e alinharem melhor suas estratégias.

Veja um breve vídeo da Sharon Seivert – inventora da metodologia – falando sobre o OBP no Fórum Allied Minds realizado na Febraban em março desse ano:

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